13 novembro 2018

Como a cultura organizacional pode favorecer a inovação?

Como a cultura organizacional pode favorecer a inovação?

Toda empresa tem um modo de lidar com suas tarefas, resolver problemas, tomar decisões e se comunicar. Os especialistas chamam estas características de cultura organizacional, a base de sustentação para o comportamento de um grupo.

Para o pesquisador Edgar Schein, cultura é um padrão de pressupostos básicos que determinado grupo aprendeu ao lidar com problemas de integração interna e adaptação externa. Se funcionam bem, são ensinados a novos membros da organização como a forma correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas. Assim, aos poucos, é criada a cultura de uma companhia.

Os líderes são fundamentais e absolutamente capazes de criar e modificar a cultura de uma organização. É comum que as pessoas em posição de gestão comuniquem suas visões, metas, crenças e valores e, se houver resultados positivos, estas características serão legitimadas e replicadas.

Planejar e avaliar performances requer considerar a cultura vigente, fundamental para a vida de todos na organização e para os resultados em diversas áreas.

Essa cultura pode ser construída de forma inconsciente, como acontece na maioria das organizações. Porém, sabe-se que é possível aprender um conjunto de preceitos, e a busca, hoje, é para construir esta cultura organizacional de forma intencional, buscando valores e posições positivas, inclusivas e inovadoras.

Inovação

Na velocidade atual das transformações tecnológicas, ser inovador é estar ainda mais à frente. Porém, nem sempre inovar é criar algo novo. Em 1930, Joseph Schumpeter conceituou “inovação” como “novas combinações”, reforçando que o arranjo dos recursos disponíveis pode resultar realmente em algo completamente diferente ou simplesmente modificar a forma como algo é feito.

São dois os tipos mais comuns de inovação: a incremental, que envolve pequenas melhorias em produtos ou processos; e a radical, quando há introdução de um novo produto ou processo. É preciso que uma empresa esteja com isso em mente, para que o leque de possibilidades de raciocínio seja ainda maior.

Inovar é lidar com riscos e incertezas, e precisa de gerenciamento cuidadoso e sistemático. Os pesquisadores Bessant e Tidd definiram quatro dimensões que a inovação pode assumir:

  • Inovação de produto: mudanças nos produtos ou serviços que uma empresa oferece;
  • Inovação de processo: mudanças nas formas como os produtos ou serviços são criados e oferecidos;
  • Inovação de posição: mudanças no contexto em que os produtos ou serviços são introduzidos;
  • Inovação de paradigmas: mudanças nos modelos mentais que orientam o que a empresa faz.

Como a cultura organizacional pode favorecer a inovação

Desenvolver uma cultura de inovação

Sabendo, então, que uma cultura pode ser aprendida, e que inovação tem vários aspectos a serem considerados, é preciso criar uma cultura de inovação, onde a busca pela otimização seja parte do funcionamento e do pensamento dos setores.

Patricio Morcillo vê a cultura de inovação como uma forma de pensar e de agir que gera, desenvolve e estabelece valores e atitudes na empresa, propensos a suscitar, assumir e impulsionar mudanças, mesmo quando isso implica uma ruptura com o convencional. Em verdade, romper é característica inerente à inovação.

Veja alguns aspectos da cultura de empresas que buscam criar um ambiente inovador:

– Os pesquisadores Simantob e Lippi apontaram nove dimensões que ajudam a criar e caracterizam um contexto de inovação:

     – Desafio e envolvimento

     – Liberdade

     – Tempo para criar

     – Apoio das lideranças para criar

     – Ambiente de competição

     – Debates

     – Humor e diversão

     – Confiança e abertura

     – Tolerância ao risco

– Outro aspecto muito importante é desconstruir o medo de errar e de correr riscos na solução de problemas. Pelo contrário, é preciso dar confiança aos colaboradores, assumindo que o erro é parte do processo;

– Deve-se promover a abertura na comunicação, o compartilhamento de informações e a otimização do processo decisório;

– É preciso saber identificar e abandonar métodos pouco produtivos;

– Projetos de inovação precisam ser monitorados e documentados, pois assim é possível interrompê-los quando erros são percebidos. Estes servem de aprendizado para novos projetos;

Fonte: Portal Administradores

 

Leia também: Diversidade de colaboradores é fundamental no universo corporativo

A SEPAC está há 43 anos no mercado, oferecendo as melhores soluções de higiene e bem-estar para o seu dia a dia. Acesse o site: www.sepac.com.br

Deixar um comentário