15 maio 2020

Por que sonhamos?

Por que sonhamos?

Você já deve ter se perguntado por qual razão nós sonhamos e qual é a finalidade de um sonho. Embora não haja respostas conclusivas sobre esse assunto, há teorias que nos ajudam a entender um pouco melhor.

Um dos campos de estudo mais conhecidos neste contexto é o de Sigmund Freud (1856-1939), a psicanálise, quando se aprofundou em estudar os sonhos e os arquétipos. Para ele, os sonhos podem ter diferentes significados e são uma demonstração dos nossos desejos. É o campo de ruptura com a censura.

Já para Carl Gustav Jung (1875-1961), discípulo de Freud e fundador da psicologia analítica, o sonho é uma compensação de algo que precisa ser preenchido. A psiquiatra brasileira Nise da Silveira (1905-1999) estudou Jung e definiu essa compensação como uma autorregulação, uma ferramenta de equilíbrio psicológico.

O sonho é uma função biológica universal e não sonhar aumenta a possibilidade de sentir angústia e estresse, segundo experiência dos cientistas William Dement (1928-) e Nathaniel Kleitman (1895-1999), da Universidade de Chicago. O experimento monitorava a atividade cerebral e interrompia o sono da pessoa ao sinal de sonho. Demonstraram assim como sonhar é importante para a saúde.

porque sonhamos - SEPAC

O pesquisador contemporâneo Mark Balgrove, da Universidade de Swansea, busca compreender a função dos sonhos e aponta três delas: simular ameaças, enfrentar medos e enraizar memórias.

A neurociência, por outro lado, analisa o sonho por meio das estruturas e funções cerebrais, ou seja, basicamente o tráfego da informação pelo cérebro, como explica o neurocientista e psicanalista Mauro Mancia em artigo publicado no International Journal of Psychoanalysis, em 1999.

A análise de Morton Reiser, autor do livro The dream in contemporary psychiatry, trata de evitar qualquer confusão entre as duas áreas de estudo. Para ele, a psicanálise e a neurociência não podem ser vistas como inimigas, pois enriquecem a pesquisa em cooperação.

Mesmo sem uma resposta definitiva, essas pesquisas têm pontos comuns e demonstram que sonhar é universal e importante para a saúde.

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