Uma das mudanças impulsionadas pela pandemia no mercado de trabalho refere-se às real skills, competências híbridas que tendem a ser cada vez mais valorizadas. Saiba mais abaixo!

O conceito de real skills

Resultante de um conjunto de competências em geral divididas entre hard e soft skills, as real skills — como definidas pelo autor Seth Godin — centralizam atributos comuns dos principais agentes do mundo corporativo: líderes, colaboradores e clientes.

Algumas dessas competências são carisma, dedicação, zelo, empatia, interesse, agilidade, senso de urgência e prestatividade, entre outras. As real skills unem habilidades ligadas à formação educacional e às capacidades cognitivas do âmbito social.

Ao mesclarem o conhecimento técnico das hard skills às competências socioemocionais e comportamentais das soft skills, as real skills abrangem um conjunto de atributos que pode aprimorar o desempenho da empresa como um todo.

Autopercepção profissional

Uma das formas de desenvolver ou aprimorar as real skills no ambiente de trabalho é através da autopercepção em relação a aspectos como proatividade, resiliência, capacidade de adaptação, transmissão de conhecimentos e motivação para transpor desafios.

Por meio do gerenciamento de tais pontos, é possível aprimorar a consciência sobre cumprir planos, a tolerância, a autenticidade e a mentalidade colaborativa, que auxiliam no desenvolvimento das real skills.

Para isso, é importante que líderes e gestores agreguem métodos participativos e flexíveis que estimulem as equipes a superar desafios e a criar soluções que ativem as habilidades reais.

Produtividade e agilidade

Outros aspectos nos quais as real skills se refletem são a agilidade e a produtividade da equipe. Aliando conhecimento técnico e perfis objetivos e atentos, essas competências favorecem o uso de tecnologia e automação, a eficiência das entregas e as tomadas de decisão.

No contexto corporativo, as real skills também remetem ao gerenciamento de tempo, à busca de novos aprendizados e à solução de problemas. Assim, na organização, os colaboradores devem ser motivados a incorporar tecnologias e aprender novas habilidades.

Habilidades profissionais e sociais

Profissionais que possuem real skills geralmente agregam à empresa atributos como criatividade, senso artístico, mentoria e pensamento crítico, ao passo que demonstram empatia e diplomacia no relacionamento com a equipe, os colaboradores e os clientes.

Portanto, é importante que a companhia invista na capacitação dos profissionais a fim de que eles aprendam e desenvolvam competências, engajem com tendências do mercado e propaguem as real skills na cultura empresarial.

Percepção profissional

No cenário da pandemia, as real skills se referem ainda à capacidade de percepção em relação às tendências do futuro e às transformações do mercado. Tal competência abrange pensamento estratégico, design thinking, percepção apurada, adaptabilidade, avaliação de cenários de crise, criação de mapas estratégicos e outras habilidades essenciais para que a empresa supere imprevistos em épocas de incertezas.

Real skills de influência

Outro aspecto ligado às real skills está relacionado à influência no ambiente organizacional. Nesse contexto, as habilidades de persuasão e uma comunicação transparente são necessárias para que haja engajamento e boas relações profissionais.

Para promover real skills de influência, líderes e gestores devem exercer o hábito da escuta e da troca de experiências com suas equipes, assim como o trabalho em grupo, a cultura de feedbacks e as habilidades interpessoais.

Com esse misto de habilidades técnicas e sociais, as real skills tendem a favorecer tanto os profissionais como as empresas em um sentido geral.

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Fonte: Administradores, Época Negócios e Runrun.it